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Premier.

Estávamos nós a passar pelo controlo de bagagem - que pelo menos esta manhã contemplava, para além da habitual máquina de RX, uma revista completa feita a todos os passageiros - quando a Cátia recebe um telefonema. Era a irmã dela a dizer que pelos altifalantes do aeroporto alguém comunicava que faltavam dois passageiros para o vôo TAP 432 com destino a Paris e que se os mesmos não comparecessem a porta seria encerrada.

Medo!

Foi um tal correr até chegarmos à porta 15A, onde tudo decorria com normalidade e para além de nós ainda havia uma caterva de passageiros que não tinham entrado no avião. Afinal tudo não havia passado de um mal entendido e, para além de termos embarcado relativamente cedo, o vôo ainda atrasou por causa de uns passageiros em trânsito que chegaram mais tarde do que o previsto.

Arrivés à Paris, as coisas pareciam estar a correr relativamente bem: fomos dos primeiros a recolher a bagagem -que tinha chegado toda, ufa - e lá demos com o sítio onde se apanha o OrlyBus, autocarro que 12 minutos depois nos deixava em frente à Cité Universitaire Internationale de Paris. Meia hora mais tarde, começámos a apercerber-nos de que talvez tivesse sido melhor trazermos connosco um mapa ou pelo menos o endereço da maison du Portugal. Mas lá o encontrámos no meio de uns mails que eu tinha trazido impressos. Tratei de ir perguntar a uma senhora onde ficava a casa, mas não houve quem soubesse.

Até que encontrámos as brasileiras. Aparentemente os brazucas são ubíquos, por estas bandas. Quando estas duas nos viram parados no meio do passeio a tentar perceber onde raio ficava a 'entrada' da cité, sorriram imediatamente e perguntaram 'vocês são Portugueses?'. Ainda não percebi o que nos terá denunciado, mas a verdade é que não só não tínhamos aberto a boca - o nosso ar perdido falava por si - como nada havia nas nossas malas ou roupas que pudesse indicar de qualquer forma que fôssemos de Portugal. Enfim, elas lá nos ajudaram a dar com a entrada principal - que é qualquer coisa de extraordinário, dando logo para a maison internationale, que tem uma arquitectura que eu não sei descrever. A foto fala por si!

É pena que as outras fotos que tirei tenham sido todas com o telemóvel e me tenha esquecido do cabo em Portugal, mas a partir de amanhã vou passar a andar com a máquina sempre atrás de mim.

Depois de termos subido e descido escadinhas e veredas de pedra - corta-mato - com os mais de 40kgs de bagagem de cada um, lá chegámos à Residência André de Gouveia, vulgo maison, onde éramos esperados por uma quantidade enorme de... ninguém. Tínhamos chegado 6 minutos depois de o secretariado ter fechado para almoço. Abancámos, começámos logo a meter conversa com uns colegas nossos - maqueiros - que também tinham acabado de chegar, e nisto apareceu a Helena, que já começou as aulas e nos ofereceu almoço.

Fomos depois dar uma volta pelas redondezas, instalámo-nos nos quartos e voltámos a sair para o supermercado. Decidimos ir a pé, o que ainda levou uns 40 minutos, mas o sítio era giro, bairro tipo Chinatown, onde o que não faltava era lojas e lojecas. Entrámos no Casino, espécie de Continente mas cinco vezes mais caro,
comprámos o essencial - que incluiu pratos e talheres que eram do mais ratchoflini the existe mas ainda assim custaram os olhos da cara - voltámos para casa, desta vez utilizando ilegalmente os transportes públicos (bilhetes, nem vê-los, não houve tempo para isso) e cheguei a casa feliz por (a) ir jantar em breve, depois de ter estado desde há pelo menos 5 horas em neoglicogénese, (b) por não me terem caído os dedos mãos, de tão roxos que estavam e vincados com os sacos de plástico que a tipa do caixa me tinha cobrado a 3 cents d'euro cada, (c) por finalmente ir ter papel higiénico no quarto e (d) por os garfos que entretanto furaram os sacos ainda não me terem esburacado as calças de ganga.

Chegados a casa, fomos cozinhar a nossa lasanha de 1,65€ - que a Helena descobriu estarem a cobrar a quase o dobro no caixa, o que valeu um crédito adicional no meu cartão de débito, lol - para a cozinha do 1º andar e depois subimos até à do 3º para a comer.

E pronto, passou-se o dia. Agora estou no quarto a escrever isto. É relativamente grande, o meu - em geral maior do que os das raparigas e com um roupeiro também bastante mais espaçoso, hehe. A única desvantagem é ser no rés-do-chão e a minha vista ser composta por umas árvores solitárias, um passeio, e ao fundo a segunda circular cá do sítio. Amanhã tiro foto da vista.

Des photos!:

Pronto, é só o meu quarto e nada de Notre Dames nem torres de metal, mas espero amanhã colocar aqui outras, eventualmente mais interessantes. =p

À bientôt!
Read More 3 comentários | Publicada por Pedro edit post

3 comentários

  1. MJ on 16 de setembro de 2009 às 00:22

    Bem...devo dizer que me caíram as lágrimas dfe tanto rir. És mesmo, mesmo tu maninho! E fala quem te conhece há tantos anos quantos existes! Ao ler isto consigo mesmo imaginar-te em todas essas aventuras, azarado como só tu, a rir a bandeiras despregadas, sem conseguir dizer uma frase inteira com sentido! Um beijinho enorme de quem já sente a tua falta e está muito feliz por poder estar mais pertinho de ti com esta ideia super engraçada

    ps: compraste pano de pó e detergente para limpar a casa de banho? E sacos para o lixo? Será que é desta que descobres que o lixo não desaparece sozinho?:)

    Maria João

     
  2. Anónimo on 16 de setembro de 2009 às 17:29

    Ena, fico extremamente aliviado por saber que já tens papel higiénico no quarto!!! =p

    Um abraço e muito escargot =D

     
  3. Pedro on 17 de setembro de 2009 às 02:03

    Mana, não comprei nem pano de pó, nem pano de loiça, nem sacos para o lixo, mas vou tentar fazer isso amanhã. O LIDL abriu hoje aqui ao pé, quero ver se vale a pena. O Casino, mesmo sendo barato para os franceses, é caro para nós. 3 euros por uma colher!! lol

    Pedro, obrigado! Escargots ainda não marcharam, mas quem sabe um destes dias! Um abraço =p

     


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