Tratei então das coisas e saí para a rua. Fui ao banco, onde não pude abrir conta porque (a) o Cartão de Cidadão Português ainda não é reconhecido oficialmente pelo BNP Paribas na agência da cité, pelo que me aconselharam ir ao Consulado Português (!!!) pedir para que me emitissem outro documento que fosse aceite, mas antes de me recusar fazer isso o senhor lá pediu para voltar mais tarde, porque a chefe ia tentar resolver o assunto e (b) ainda não tinha o certificado de estudante emitido pela faculdade de Paris - "Il faut un document en français", disse-me o homem. Mais tarde vim a saber que tanto a Helena como a Sté tinham conseguido abrir conta na maior, apresentando apenas a fotocópia a preto e branco de um documento que não só não tinha sido emitido pela faculdade de Paris como não era certificado nenhum.
Fui então à universidade tentar obter o certificado e assentar arraiais no que diz respeito aos estágios que vou cá fazer. A distância da cité até ao centro hospitalar é relativamente curta - claro que nesta primeira vez tive de dar uma grande volta, porque andei demasiado no eléctrico e depois tive de voltar para trás a pé - e percorrida facilmente nuns 20 minutos, ou pelo menos foi o que me pareceu. Amanhã vou ter de confirmar esta teoria. O hospital é enorme e tem um ar bastante pitoresco que tenho pena de não ter fotografado (a máquina estava sem bateria e só me apercebi disso depois de sair de casa), mas oportunidades não faltarão para o fazer. A faculdade é gira, também, mas nem a vi com pormenor porque queria mesmo era falar com a senhora do gabinete Erasmus. Sobe étage, desce étage, bonjour je suis Pêdrrrô a torto e a direito, lá encontrei alguém que me disse que ela às quartas-feiras nunca estava na faculdade.
Voltei então para trás, porque já era tarde e como estava com a Cátia tínhamos de ir ainda à faculdade dela. Apanhámos o metro e 50 minutos depois estávamos a chegar. Aí disseram-lhe que os assuntos de mobilidade internacional eram tratados no edifício central da universidade, que ficava ao pé de outra estação de metro. Voltar para trás, metro, continuar a andar. Chegámos ao edifício e - surprise - já estava fechado. Voltar para trás, supermercado, continuar a andar, metro, andar, cité, casa, quarto. Nisto palmilhámos uns quantos quilómetros - que em Lisboa nem em três semanas eu provavelmente teria feito. Graças aos últimos dois dias tenho já feridas na parte de trás dos tornozelos e nos dedos mindinhos. Mas nada que não se resolva!
Chegados a casa, combinou-se jantar na cantina da cité com os amigos do Santa Maria, jantou-se, conversou-se, e saiu-se para ir comer um crepe com nutella a St. Michel com outros amigos de Engenharia, Gestão e Farmácia que vieram do Porto.
Amanhã vou essencialmente repetir o dia de hoje, na esperança de resolver de uma vez por todas a questão da faculdade e do banco. Sem conta bancária, em Paris, não se faz muita coisa. É precisa para aderir ao passe anual e para usufruir do subsídio que o governo francês dá aos estudantes estrangeiros, por exemplo.
Bonne nuit!
Mon dieu! Quelle tragitude!! lolol... Obrigam te a fazer uma cama que nem era preciso fazer? Sacrilege!! :P
Continua nos updates!! Tou gostando :) Seems like u never left! :P
Cris
:) A Cris tem razão! Parece que estás aqui ao lado a contar todas essas aventuras:)Espero que já tenhas conseguido resolver os problemas e que as bolhinhas nos pés estejam a sarar!Já tratei de enviar e-mail à famelga toda a dar a conhecer o teu blogue:) Quanto ao LIDL...a comidinha pré-feita é bem boa para desenrascar! beijinhos grandes
Maria João
Hmmm... crepe com Nutella parisiense... boas memórias =)
Tornaste-te sem o saber num atleta de fundo =D
Um abraço,
Pedro =)